terça-feira
espera até veres o meu sorriso (...)
hoje, queria contar uma história, mas não uma história qualquer, mas sim a história do meu passado, do meu primeiro amor. tantas promessas apagam o tempo, que eu nem sei bem o tempo que já passou desde que o esqueci, desde que tudo na minha vida mudou. naquela altura, naquele nosso (longínquo) passado, eu sei que tentámos ser realmente reais, que tentámos fazer isto durar o tempo necessário para tornar isso memorável. hoje só me recordo, vagamente, de curtas recordações, que já não me deixam mágoa, nem saudade. estamos a quilómetros de distância, e hoje já não te sinto aqui comigo, já não sinto o meu coração a palpitar pela história (des)encantada, que foi nossa. ao ver bem cada capitulo, reparo que ainda há tantas coisa para contar, tantos segredos que ficaram no entre linhas do nosso livro. acabámos por coisas com sentido, sei que a nossa história não ia aguentar, e sei que acabar foi o melhor, mesmo que tenhamos prometido que ia ser para sempre, que íamos ser sempre nós. o passado não me magoa, apenas me fortaleceu. desculpa lá, por não te ter dito tudo, e por ficar presa nas palavras. durante, o tempo suficiente, fiquei apaixonada. quando te conheci sabia que para conjugar um verbo precisava do "eu, tu, ele/ela, nós, vocês, eles/elas" de seis pessoas, três do singular, e três do plural. mas contigo eu aprendi que para conjugar o verbo amar, só preciso do "eu + tu = nós", contigo esqueci-me do verbo receber, e tornei o verbo dar no imperativo da minha vida, dar tudo por ti. lembro-me das longas tardes de domingo em que ficávamos a comentar os filmes da televisão, e fazíamos apostas pra ver quem ia ganhar os jogos de futebol que havia á noite. uma coisa que eu aprendi, é que promessas voam com o vento, sem que as possa segurar, sem que as guarde dentro de uma caixa pra mais tarde a abrir e realizar cada promessa. sem fronteiras nem barreiras, eu lutei por aquilo que queria, apenas queria uma luz, um sinal. vou-me lembrar sempre das vezes em que acordei as 6 da manhã aos domingos, só pra te desejar boa sorte para os jogos. foi tudo muito bonito de se assistir, foi bom o primeiro beijo, mas o último também. durante um ano, conjuguei o verbo esperar, quando tu conjugas-te o verbo DESISTIR, podias ter dado sinais, deixado pistas que o querias conjugar, eu ia entender, ia fazer o mesmo, e não esperar por uma história inacabada. sei que foi bom, durante aquele tempo, não deu mais. posso-te dizer que quem mais perdeu, foste tu, porque como eu nunca mais ninguém te vai amar, mas eu já amo alguém, tal e qual como te amei a ti, já voltei a tornar o verbo amar, e o verbo dar no imperativo da minha vida. no fundo, eu sei que vou ter sempre necessidade de te escrever, de relembrar tudo, mesmo que por pouco tempo, mesmo que já não sejas a minha vida. percebi que amar-te foi bom, mas que fica melhor no pretérito perfeito e não no presente, ou até mesmo no futuro. eu amei-te, nós amá-mos-nos.
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