Hoje, e para sempre eu prometo, nunca mais escrever para ti, mas hoje vai ser até ao fim, vou soltar tudo o que quero dizer há mais de um ano, sem medo falhar, sem medo de amar, ou de sentir saudades, porque nada disso vai acontecer, apenas vou querer (re) contar uma história, antiga, remexi, no meu baú de recordações, e encontrei-te por lá, no fundo, misturado com cartas. Por estranho que pareça ao ver tudo aquilo, não te associei, a quem tu eras, a quem tu foste. Passado é passado, presente é presente, e eu sou feliz. Apenas quero contar aquilo que foi o meu passado, contá-lo sem me perder no entre linhas, que ficou entre nós. Mesmo que este pedaço de letras nunca te chegue às mãos, mesmo que tu nunca o vás ler, eu sei que entre nós apenas ficaram as melhores recordações de Março.
Foi tudo lindo, muito bonito mesmo, mas os arranhões que me fizeste não foram, esses causaram-me dor, sofrimento, e uma vontade de desaparecer enorme. Caso não soubesses tu eras tudo pra mim, podia dizer que eras a minha razão de viver. Agora passamos um pelo outro nos corredores da escola, e é como aqueles 3 meses não tivessem acontecidos, mas aconteceram, e hoje eu dei com eles no fundo das minhas recordações, no meu longínquo passado. Foram lindas cartas que te escrevi, descrevi tantos momentos. Queria um segundo pra poder voltar a sentir o que um dia senti por ti, e não este ódio que hoje sinto, não quero tal sentimento dentro de mim, eu não sou assim. Eu sei que tudo não passa de um longa história, enterrada, e passada, durante meses, e é uma história que hoje não faz parte de mim, e isso é que é importante, é isso que interessa. Quero-me despedir de ti e de todas as palavras que te dou, cada vez que escrevo, e me relembro de daquilo que por um instante foi nosso. Se me amas não chores. Não penses em como podia ter sido, se tu tivesses ficado comigo, se me tivesses continuado a amar. Hoje isso não interessa, tu és tu, eu sou eu, já não existe um nós, nem pra os amigos, dizerem um eles, agora só há um eu, e um tu, duas pessoas diferentes, e que no passado tiveram algo que foi de ambos, uma história, mas hoje, nem um conhecimento tem. Recordar é apenas o verbo que pode ficar comigo e contigo, é o que pôde sobrar daquilo que se viveu em três belos meses. apesar de tudo, eu sei que no fundo te vou recordar sempre, com um sorriso, e uma vontade enorme de te abraçar e te pode sentir a tua amizade dentro de mim, poder-te ligar e combinar uma saída com o pessoal, e tirar-mos fotografias e dizer-te "meu melhor amigo, quanto eu gosto de ti", poder sentir o confronto das tuas palavras, poder te ligar e dizer que estou mal, mas é passado. sabes que por mais que te "odeie" eu vou estar sempre pronta a perdoar-te, a dar-te a mão quando toda a gente to negar, vou-te levantar e fazer com que toda a gente te aplauda, de modo a que ganhes força e venças. tu nunca foste um perdedor, nem mesmo quando dizias que o Sporting ia ganhar, e perdia, não te vou perguntar se te lembras, porque eu sei que não te lembras, mas eu no fundo, agora recordo-me disso. passado.